A vida flui em busca de realização. Por isso a Psicologia Junguiana faz com que o indivíduo repense o sentido de sua própria vida e de suas crenças. A realização se dá quando conscientemente, nossa mente, atinge um estado harmônico que possibilita a relação do corpo com espírito para que a alma possa seguir seu trajeto evolutivo. Essa é a ideia de salvação ou conquista da felicidade, porque neste estado o ser total estará alinhado com seu propósito existencial, vivendo com sentido e significado, sem perder sua direção, trajeto e alvo, mesmo quando aparecem intercorrências dolorosas, tristes e amargas.

Dentre as várias contribuições inovadoras introduzidas por C. G. Jung para compreendermos e aliviarmos a angústia e curarmos as doenças físicas e/ou psíquicas, que afligem os seres humanos, provocando repercussões sociais, culturais, familiares, profissionais, religiosas, econômicas e amorosas, temos que ir em busca do processo de individuação.

Para Carl Jung, a individuação é o processo de descobrir quem realmente somos e encontrar um sentido de unidade dentro de nós mesmos. É a jornada de autoconhecimento em que começamos a reconhecer e integrar todas as partes de nós, tanto aquelas que mostramos ao mundo quanto aquelas que geralmente ficam escondidas ou reprimidas, como nossos medos, inseguranças e talentos ocultos.

Jung acreditava que, ao longo da vida, especialmente na segunda metade, muitas pessoas sentem a necessidade de buscar uma “totalidade” — um equilíbrio entre o que somos por fora e o que somos por dentro. Esse processo não nos torna “perfeitos”, mas nos ajuda a viver com mais equilíbrio e significado, encontrando nosso verdadeiro propósito.